Por: Claudio Fernando Ramos 09/03/2014. Cacau “:¬)
Bons tempos que não voltam mais (formação original)
Olá (nome intencionalmente suprimido, mas presente no blog),
não sei quem você é (não por nome), mas gostei de receber sua opinião pessoal sobre os meus
comentários, no que se refere a apresentação do grupo Originais do Samba na
cidade do Natal, no último carnaval. Eu autorizei a publicação de seu texto em
meu blog (apesar de achar que você queria falar com outras pessoas além de mim). Fiz isso não por altruísmo, mas por princípio, ou seja, todos têm
direitos a terem opiniões; inclusive você. Brasileiro opina sobre tudo, mas
quase nunca o faz no fórum adequado. Com isso quero dizer que, só se fala pelas
costas. Minhas ideias são claras e públicas! Chegou ao meu conhecimento, por
meio de fofocas (o que abomino) o quanto algumas pessoas falaram mal de mim
pelo fato de me permitir dizer o que penso sobre dois eventos no carnaval de
Natal; mas, acredite, muitos também gostaram. Porém, não escrevo para que
gostem ou não, só escrevo!
Bom, acho que mais uma vez não irei agradá-los, nem a você. Lendo o seu manifesto de desagravo, muito indignado, diga-se de passagem (acho que você ganha dinheiro com a música), prestei atenção em algumas coisas. E acredito que algumas devem ser melhor esclarecidas.
Bom, acho que mais uma vez não irei agradá-los, nem a você. Lendo o seu manifesto de desagravo, muito indignado, diga-se de passagem (acho que você ganha dinheiro com a música), prestei atenção em algumas coisas. E acredito que algumas devem ser melhor esclarecidas.
Primeiro: o que você chama de discriminação, eu chamo de
opinião. Isso, como já foi dito, todos possuem; inclusive você. Se a assim não
fosse, não me teria escrito com tanta emoção. Hoje em dia é quase moda dizer: eu não tenho
preconceito com nada. Mas isso é hipocrisia! É só ver a situação do negro, da
mulher, dos nordestinos, dos gordos, dos pobres, do homossexual... Sobre música, tenho minhas
preferências! E, há muito, estou consciente que isso incomoda!
Segundo: os caras vieram tocar na cidade custeados por verba
pública, portanto não estavam fazendo caridade. E, até onde eu sei, tudo o que
é público ou a ele está associado, está, direta ou indiretamente, sujeito à
opiniões. Os caras pediram aplausos para o secretário e o prefeito da cidade.
Era um show ou um comício? As mesmas personalidades estavam presente no show de
Martinália. Não vi nada dessa subserviência por lá.
Terceiro: o nome da banda os identifica com o samba, a culpa
não é minha se eles se rotulam de uma forma e cantam outras coisas. Fico imaginando um show dos
Cavalheiros do Forró tocando partido alto. Já que mudou a estrutura da banda e, isso é (segundo seu ponto de vista) suficiente para mudar o estilo da mesma, que
tal mudar o nome da banda então? SAMBA E TUDO O QUE DER NA CABEÇA . Acho um bom nome! O que achas?
Bom, meu caro, nós dois sabemos que
tudo o que escrevemos, nem de longe esgota esse assunto; por mim tudo bem. Vou
continuar assim, como todas as outras pessoas (e você), tendo opiniões. Não devemos nos chatear com isso. Platão não dava valor algum às opiniões. São só escolhas!
Só uma coisa não ficou muito clara em seu texto de desagravo, você escreveu a seguinte proposição: “SAMBISTA DE VERDADE VIVE ONDE ENCONTRA-SE O BERÇO DO SAMBA”. Fora o Brasil, existe outro berço do samba? Ou seria isso uma indireta, como aquela que estou acostumado a ouvir sobre ir embora para o meu Estado? Que no caso em questão é o Rio de Janeiro. Se for isso, o que eu não creio que seja, o meu estado é aqui: desde que nasci vivo no Estado Brasileiro. Abraços.
Só uma coisa não ficou muito clara em seu texto de desagravo, você escreveu a seguinte proposição: “SAMBISTA DE VERDADE VIVE ONDE ENCONTRA-SE O BERÇO DO SAMBA”. Fora o Brasil, existe outro berço do samba? Ou seria isso uma indireta, como aquela que estou acostumado a ouvir sobre ir embora para o meu Estado? Que no caso em questão é o Rio de Janeiro. Se for isso, o que eu não creio que seja, o meu estado é aqui: desde que nasci vivo no Estado Brasileiro. Abraços.
Ah! Já ia me esquecendo, não tecerei mais crítica sobre a forma de trabalhar dos
caras, isso porque não irei ouvi-los por uma segunda vez! Não é nada pessoal, é
só um ponto de vista. É certo que eles não perderão nada com isso. Não sou
ninguém importante, só um homem negro, filho de sambista e que muito gosta de samba. Mas como você já deve saber, eu não ganho a vida com o samba (alguns acham que isso é uma desqualificação), talvez seja esse o meu problema. Mas acho que não! Conheço muito marqueteiros e oportunistas que se dizem empresários da música, batuqueiros que se dizem instrumentistas e percussionistas, copiadores e reprodutores que se denominam cantores... Assim sendo, eu também posso ser um pseudo "artista" que só fala, mas que nada cria! Abraços de novo. Cacau ":¬)