sábado, 13 de abril de 2013

FAZENDO ECO



(Corroborando Preta Iris)

Por: Claudio Fernando Ramos, abril 2013. Cacau “:¬)



Desconheço a especificidade do desabafo de nossa amiga Iris Portela no espaço das redes sociais (face book), mas faço, não uma, mas algumas ideias do que seja. Em minha vida, poucas vezes encontrei tantas pessoas mais “Marias vão com as outras” do que nessa bela e interessante cidade. Musicalmente falando, para o populacho (grande maioria absoluta), Natal pode ser resumida como a cidade dos barzinhos, dos modismos e do Carnatal! Tudo o que tiver caráter de relevância, tais como:  personalidade, autenticidade, criatividade e principalmente, autonomia, quase sempre torna-se alvo da inveja, recalque e má fé dos inúmeros incompetentes de plantão. O limitado, medíocre e repetitivo mundo do pagode em Natal não constitui novidade alguma para nós que frequentamos esses espaços (gosto também de pagode; mas, por conta da péssima qualidade dos músicos, tenho ido cada vez menos), pode haver dez bandas tocando, isso não faz a menor diferença, porque no fundo, todas cantam as mesmas músicas (Pimpolho é frequentador assíduo). Porém, em meio a essas trevas musicais, há algum tempo, vem despontando alguns poucos grupos que sabem fazer e como fazer um trabalho de qualidade e, sem sombra de dúvida, o Arquivo Vivo é uma estrela em meio a essa restrita constelação: Mesa 12, Quarteto Linha, Brisas do Tempo, Bom Malandro, etc. O restante não merece citação, muito menos aborrecimento e preocupação. Cacau “:¬)

     

domingo, 7 de abril de 2013

O BOM SENSO ADVERTE: TOMEM CUIDADO COM AS VANS DO SAMBA EM NATAL!



Por: Claudio Fernando Ramos, 07/04/2013. Cacau “:¬)

 
Os últimos acontecimentos envolvendo a vulnerabilidade e a violência no setor de transporte alternativo em minha cidade natal, levou a Embaixada da França no Brasil, a recomendar aos franceses de férias ou residente, a evitarem andarem nas vans da cidade do Rio de Janeiro. Aproveitando a ênfase dada a esse determinado segmento do transporte carioca, eu que vivo, não em minha cidade natal, mas na cidade do Natal, quero fazer uma advertência semelhante (guardada as devidas proporções é claro) aos moradores e visitantes dessa singular cidade: tomem cuidado com as vans do samba!


Em Natal, a maioria das bandas tem samba no nome, fazem suas propagandas para os shows falando sobre samba; mas, que fique bem claro, não tocam samba.

Os argumentos utilizados para essa famigerada falta de identidade são os mesmos de sempre: o povo pede; não há público para samba; muitos sambistas do Rio também tocam de tudo; se não fizermos assim não haverá contratos, etc., etc., etc. Eu quase chego a pensar da seguinte forma: a banda (van) é boa, que não presta é o povo (passageiro).


Eu, cada vez mais desprezado por eles (muitos são os se queixam, poucos os que se manifestam), sei que o motivo principal é outro: mulher. É quase insuportável para esses “sambistas de ocasião” ver as jovens mulheres com suas roupas curtas, olhares de “ressaca”, e disponibilidade sem limites (fomentada por carências sem fim), fazerem seus pedidos musicais (todos midiáticos) e não serem atendidas. Enquanto os amantes da boa música sempre gritam: toca Raul aí! Os amantes das músicas frívolas gritam: toca Pimpolho aí! 


A minha grande questão com os “falsos sambistas” da cidade do Natal, diferentemente do que muitos pensam, não é para que parem de tocar de tudo, quem sou eu para determinar a grade musical dessa ou daquela banda; mas, sim, que assumam que tocam de tudo, ou seja, não façam propaganda enganosa. Se assim procederem estarão dando aos que pagam ingresso o direito de saber com antecedência o que vão ou não ouvir. Se tocassem só o pagode, ao menos seria suportável.

No Rio de Janeiro, a prefeitura, por conta dos eventos ocorridos, passou a fazer o seu dever de casa, ou seja, fiscalizar, multar e retirar de circulação as falsas vans. Pena que em Natal não haja possibilidade disso acontecer com as “vans do samba”. Assim sendo, vamos continuar pagando por lebre, comendo gato e, o que é pior, tendo que agradecer por isso; já que por aqui, a pior das criaturas é sempre aquela que tem o caráter de olhar para o outro e dizer o que pensa! Para muitos, o melhor é sempre falar pelas costas! Cacau “:¬)