quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Papo de Samba (Zeca Pagodinho)



Por: Claudio Fernando Ramos 27/11/2013. Cacau “:¬)




1 – O início



“Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso”. (Einstein)


·         Zeca Pagodinho, nome artístico de Jessé Gomes da Silva Filho, (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1959).

·         Filho de Iréia e Jessé, Zeca nasceu em Irajá, suburbio do Rio. 

·         Desde pequeno passou a frequentar rodas de samba no Irajá, Del Castilho, Madureira...

·         O início de tudo foi o tradicional bloco Cacique de Ramos; sob o apoio de sua madrinha, Beth Carvalho.

·         Logo ganhou novo sobrenome, inspirado na “Ala do Pagodinho”, do Bloco Boêmios do Irajá.



2- A Vontade


A vontade é o que há de mais essencial no mundo; ela se manifesta em toda a natureza e nos corpos animais, independentemente de serem eles possuidores ou não da faculdade de razão. (Schopenhauer)

·          O artista, que começou sua carreira nas rodas de samba dos bairros subúrbio do Rio de Janeiro: Irajá, Del Castilho, Madureira...

·         No inicio dos anos 80, Pagodinho começa a se estabelecer como um versador de respeito.

·         Em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada: "Amargura".

·         A faixa entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal, fundado em 1977 e originário do Cacique de Ramos.





·         A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho para perto de Beth Carvalho. Foi ela quem gravou seu primeiro sucesso: “Camarão que Dorme a Onda Leva", que ganhou até clipe no Fantástico.

·         A madrinha ainda gravou "Jiló com Pimenta" (Arlindo Cruz e Zeca).

·         Depois foi a vez de Alcione registrar "Mutirão do Amor" (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP "Almas e Corações", de 1983.

·          Suas músicas estouraram nas rádios e ganharam as ruas, e não há quem não saiba de cor um dos seus refrãos.

·          Tornou-se tão imensamente popular que seus shows chegam a ser contratados por cachês generosos, sendo realizados nas mais badaladas casas de espetáculo do país.



3 – A Fama


Dinheiro é como água do mar: quanto mais você toma, maior é sua sede. O mesmo se aplica à fama. (Schopenhauer)

·          Sempre fiel a suas características de irreverência e jocosidade, Zeca recebe também reconhecimento da crítica, de artístas, cantores e compositores consagrados.

·          Nei Lopes afirma que o sambista "é uma das poucas unanimidades nacionais, elevado ao patamar do mega-estrelato pop pelas gravadoras".

·          Em 2003, no auge de sua carreira, foi o primeiro artista de Samba a gravar um especial de TV, CD e DVD pela MTV Brasil (tradicional reduto do pop rock).

·          O Acústico MTV, gravado no Rio, foi um de seus discos mais vendidos, rendendo inclusive uma segunda edição em 2006 (a primeira da história da MTV Brasil).

·          O segundo acústico, batizado de Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira, homenageou o samba de gafieira.






·          Os números respondem pelo sucesso: “Vida da Minha Vida”, seu disco mais recente, ficou entre os cinco mais vendidos do ano de 2010.

·          Além disso, coleciona 2 discos de diamante, 18 discos de ouro, 13 discos de platina e 6 discos de platina dupla.

·          Gravou mais de 20 discos e é considerado um grande nome do gênero samba e pagode e partido alto.

·          Em 2007, o cantor criou o selo ZecaPagodiscos, em parceria com o produtor musical Max Pierre, ex-diretor artístico da Universal Music no Brasil.



4 – O homem


As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.




·         A paixão por Xerém é antiga. Foi o lugar que Zeca escolheu para viver ainda em 1991.

·         O sítio se transformou em um espaço para fazer o que mais gosta: reunir os amigos, compor sambas, estar em contato com a natureza.

·         E em 1998, tornou-se a sede da escola de música para crianças. “Música é tudo. Quem tem música, tem boa cabeça”, afirma.






·         Durante uma entrevista recente, Zeca questiona sua imagem de artista, mostrando muita simplicidade, considerando-se uma pessoa 'normal' que bebe cerveja e pega ônibus.

·         A vida me levou para esse lado. Não me fiz artista, a vida me fez artista, se é que posso ser considerado artista". 

·         Zeca Pagodinho também comentou a respeito da internet e redes sociais, dizendo desconhecer a funcionalidade dos mesmos: "Não tenho nem idéia do que é isso. Agora é tanta coisa, é Orkut, é Facebook, que aporrinhação, meu Deus... Poderia ser uma coisa só!".

·         Finalizando a entrevista, quando questionado como se vê nos próximos 30 anos, Zeca cita a Velha Guarda da Portela e completa : "Quero continuar tomando um belezol (gíria para cerveja). Se eu ficar bacana, está tudo bem" - finaliza seguido de aplausos. 





5 – Fontes


http://www.musicaparamusica.com.br/post/zeca-pagodinho-mostra-simplicidade-em-coletiva/506


sábado, 22 de junho de 2013

BOTECO DO ARQUIVO VIVO



(Crônicas de um Boêmio)

Por: Claudio Fernando Ramos, 22/06/2013. Cacau “:¬)

Imagem do grupo Arquivo Vivo no interior do Boteco do Arquivo.

Eu que, a exemplo de outros tantos, sei reconhecer a qualidade e o quase pioneirismo do bom trabalho feito pelos rapazes do grupo Arquivo Vivo na cidade do Natal, demorei muito em vir vê-los, ouvi-los e aplaudi-los nesse maravilhoso espaço denominado: Boteco do Arquivo (Botequim Tá na Hora, quando o Arquivo não está tocando) .

O espaço não poderia ser mais adequado. Localizado na zona sul de Natal, o Boteco fica próximo aos hotéis, pousadas e do mar de Ponta Negra. O ambiente é climatizado, a decoração interna busca resgatar um pouco do antigo (prerrogativa de todo boteco que se preze). Come-se, não uma boa, mas uma excelente feijoada (quantas vezes quiser) por valores bem abaixo dos fast food enlatados dos inócuos shoppings; nessa mesma esteira, bebe-se cerveja bem gelada por valores coerentes. Para concluímos essa descrição física com chave de ouro, falarei sobre um dos pontos mais sensíveis de todo estabelecimento público: o banheiro. Muitos comerciantes não se dão conta do quanto perdem clientes por conta de simples, mas fundamentais “detalhes”. O proprietário do Boteco do Arquivo não negligenciou os “detalhes”. Para ser curto: impecável!

Chamada comercial do espaço Botequim do Arquivo

Agora, redimido que estou de minha longa ausência, degusto minha cerveja, ouço o boníssimo samba feito pelo Arquivo, contemplo os rapazes (apenas simpáticos) e as lindas mulheres que não param de chegar. Em meio a tudo isso só uma coisa não me sai da cabeça: por que você não está aqui? Trate de corrigir isso no próximo sábado! Cacau “:¬)      

domingo, 2 de junho de 2013

Barreto’s Bar: porque viver é uma arte!



Muitos sabem fazer, no entanto, a grande maioria ignora o que fazer!

Por: Claudio Fernando Ramos, 02/06/2013. Cacau “:¬)


Aluísio (Rio) e Bruna (Portugal): casados e proprietários do Barreto's Bar.

Finalmente, ei-lo aqui! Barreto’s Bar. Acontece Zona Norte de Natal o espaço a altura dos bares médio da cidade. Ao dizê-lo médio não o faço com depreciação, a intenção é mostrar ao meu leitor que não se trata de mais um daqueles “requintados” bares que são abertos a cada verão e fechados no inverno seguinte. No Barreto’s não há luxo, mas quem precisa disso se o essencial por lá não falta? Responda-me objetivamente, caso possas, sem titubear, usar de sinceridade, em qual lugar você foi onde a comida é boa (espetinhos, petiscos, caldos, sopas, etc.), a cerveja é gelada, os whiskys de 25, 18, 15 e 8 não são do Paraguai, o serviço é de primeira (bons garçons) e ao final não te cobraram 10%?

Os rapazes do Bom Malandro; no Barreto's Bar o samba tem cara, voz e vez.
Continuemos - qual o espaço da cidade onde se pode ouvir música (Samba, MPB, Pop Rock, Seresta...) eu disse música, não barulhos infernais, de gosto extremamente duvidoso, transvestido de falso e inoportuno ecletismo, sem que ao final não te cobrem couvert artístico? Ainda não terminamos - é bem mais comum do que deveria, a péssima sensação que se tem ao adentrarmos alguns estabelecimentos comerciais (restaurantes principalmente); o proprietário (ou gerente) não sai detrás da máquina registradora, não fala com ninguém (a não ser para dar ordens e broncas nos empregados) e quando o faz, fala com as pessoas como se elas estivessem lhe pedindo alguma espécie de favor. Não me lembro de ter ido a algum lugar onde o proprietário demonstrasse genuíno interesse em promover o bem estar de seus clientes. No Barreto’s Bar, contrariando as expectativas, essa é a tônica reinante! Aluísio e Bruna (os proprietários) atendem, dialogam e recepcionam seus clientes, tornando um simples e singelo Bar, numa quase confraria de amigos.

Barreto's Bar, o bom gosto é sempre o melhor cliente.


A Zona Norte de Natal vem aos poucos experimentando uma atrasada e necessária mudança, nessa corrente (às vezes marola) surge o Barreto’s Bar para, brilhantemente, fomentar a cultura, o lazer e o entretenimento das agradáveis noites potiguares em uma das regiões mais negligenciada do Estado (ZN).

Meus Parabéns! Barreto’s Bar, eu recomendo! Cacau “:¬)